quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Cantiga de roda
 
Ciranda, cirandinha, cirandando
o dizer das folhas que caem
o gosto oco do humano
socorre-me  uma brisa suave
bordada na colcha engomada
ou nos olhos da boneca de pano

Ciranda, cirandinha, cirandou
pois que fiz uma boneca de pano
pernas, tronco, mãos e braços
tão perfeita quase andou
estofo de algodão, lábios contentes
cabelo de lã, vestido de flor

Ciranda, cirandinha, cirandar
na casinha ela foi morar
com a brisa presa nos olhos
não podia respirar
 
Denise Magalhães

Nenhum comentário: