Capa da edição
original, de 1967
“Atordoado por duas nostalgias
que se contrapunham como dois espelhos, perdeu
seu maravilhoso sentido da irrealidade até acabar recomendando a todos
que fossem embora de Macondo, que olvidassem tudo que ele havia ensinado do mundo e do coração
humano, [...] e que em qualquer lugar em que estivessem recordassem sempre que o passado era mentira, que a memória não
tinha caminhos de regresso, que toda primavera antiga era irrecuperável e que o
amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera.”
Trecho do livro Cem anos de solidão
do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez. Não encontro palavras que façam
justiça a essa obra que nos faz rir e chorar, que nos suspende e alimenta a
alma de tal maneira que em alguns momentos, tanto me desconsertou ao ponto de
ficar sem endenter o que eu mesma estava sentindo, procurando um signo qualquer
que traduzisse de alguma maneira o que sentia e só consegui rir desajeitadamente,
prenúncio de choro. Como é bom sentir o inexpllicável, o que não tem
palavras!!!!
2 comentários:
maravilhoso trecho destacado sobre o amor...uma verdade efemera...
Aiii...
Obrigada pelo deleite.
Bjão
V.
Oi Valéria, realmente esse trecho é muito lindo, isso sobre o amor, que é forte, e quando ele diz que perdeu o "maravilhoso sentido da irrealidade"...
Valeu seu deleite, agradeçamos ao Gabriel,
Bjo
Denise
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