Envenenada
Corra que estou plantada neste chão
e minhas raízes são venenosas
O zunido das palavras me saturam
uma vertigem às vezes me ocasiona
mas um silêncio enorme me acode
Minha cabeça é feita de pássaros
meu tronco apodrece dia a dia
agonia é dobra de tempo
Mas não há desespero,
entre asinhas perversas descubro:
a tormenta é feita de vozes.
Denise Magalhães
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2 comentários:
Massa esta série de poemas perversos.
Imagens da infância sempre nos atormenta!
Oi, Denise, vim por indicação de Jorge Ribeiro, de Muritiba. Gostei dos seus delírios. Belas vertigens clandestinas. Abraço!
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