sábado, 5 de janeiro de 2013


Caminhos
 

Que venham as saudades todas
Como um enorme tapete espinhoso
Estendido pelo chão
Sobre ele caminho descalça
São gramas verdes em terra molhada

Que venham as abissais tristezas
Com seus palácios de gelo
E seus vãos mal assombrados
Entre eles rostos petrificados
São obras de arte nas paredes

Que venham as antigas memórias
Com suas cidades fantasma
Por suas ruas caminho acordada
Pois que meus olhos ganharam céu
E minhas mãos carregam flores vermelhas
Tingidas com meu próprio sangue

Denise Magalhães

2 comentários:

José Carlos Sant Anna disse...

[Que venham
também as vinhas
e os devaneios,
pois,
ao sabê-los em um veio,
não os parto ao meio]

beijos, Denise!

Denise disse...

Que venham as vinhas e os devaneios Zé, que venham. .. verso lindo, obrigada, bjo