Canto lá no meio do mato
Longe e em meio a tudo e todos
Que não me ouvem ou entendem
Pois que canto o canto em extinção
Canto para muitos
Ocupados com seus quintais
Canto por sobre as cercas
Para horizontes não
inaugurados
Esse canto insólito,
Fora de moda
Nesses tempos
Para me sentir digna
De estar aqui
E da minha vida
É canto de sentido
Rico de solidão
estofo
Na contramão.
Denise Magalhães
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